Moda na África: um desejo!
Falar de Moda em África, é como se viajasse num raio... Nada vemos, mas tudo floresce! Como podemos falar em Moda, numa África devastada pela fome, sede, doenças, com as poucas expectativas de vida para muitos ?
No evento da "Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável", em Johannesburg, África do Sul, a veia pulsa num gritante e constante pedido de socorro ; olhos arregalados como se pedissem qualquer tipo de ajuda positiva que possa compensá-los amanhã na imagem de filhos e netos. Até mesmo na afirmação de alguns chefes mais "modestos" onde dizem que, os pobres deveriam ser menos materialistas, como se eles fossem os grandes responsáveis por toda as desgraças geradas, pela falta de dignidade!
Mas... a moda lá está ! Nos grupos formados, as tribos de todos os cantos, vestidas especialmente para a data em protesto.
Observamos uniformes e camisetas significativas, criadas especialmente para a ocasião, ou trajes típicos, próprios da região, compondo visuais nada banalizados ou globalizados no pleno exercício criativo, não fossem pelas propostas formalizadas dos poderosos.
Nas bandeiras erguidas, nos escudos tribais, quase todas elas, a Zulu, Xhosa, os da Suazilândia, entre outras, convocam nossos olhos a retornar ao ritmo cadenciado, vibrante, esperançoso. A criatividade, talvez não proposital, impera de maneira tal, que a entonação tanto vocal nos hinos, refrões, cânticos, todos numa só voz, cada qual com sua representatividade, nos remete a um desfile de Moda incessante onde a passarela é o asfalto, os artistas são pessoas comuns mostrando o que tem de mais inventivo pessoal e criativo. A Moda lá está. Referências estéticas!
São cores intensas que saltitam de uma gama à outra, compondo misturas inusitadas; os padrões de estamparia realizam "casamentos" perfeitos.
A África permite; sabe que seus artistas conseguem resultados deslumbrantes, portanto, fica na sua tranqüilidade peculiar... olhando e maravilhando-se com os resultados que desfilam composições de formas e cores diferenciadas. Falar de Moda na África contradiz com a própria criação. Um lugar-Continente fincado no centro da Terra em condições ainda precárias.
Se falarmos em sobrevivência - a Moda aparece com as tradicionais capulanas, com grandes estampas, cores diversas, usadas para vestir, carregar o alimento, filhos, os bidons de água, se enrolar em dias frios. O que falar das populações sedentas de informações externas? O interesse nas tendências das roupas americanas, européias, veiculadas na mídia, articulando e informando os olhos mais descuidados com detalhes de uma tendência globalizada, e falar do nacionalismo imperando.
A Moda local encontra-se presente nos grupos sociais mais tradicionais e já ausente nos grupos mais jovens.
África abre seu coração que é retratado nos grandes líderes políticos, religiosos, e pela grande coragem de encarar destinos múltiplos. Moda na África não é efêmera, é um deságüe na paz recolhida dos oceanos, rios e lagos que a enfeita. A forma de vestir-se na África é mais que uma simples explosão de tendências, faz parte de sentidos profundos, raízes culturais que choram pelos seus filhos e retribui estendendo a esperança por toda a sua terra, em forma de criações inéditas inspiradas em tudo o que ela terra e cultura local podem oferecer. É um grande desafio procurar entender a Moda na África, pois a visão é externa, subjetiva e extremamente instigante.
No evento da "Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável", em Johannesburg, África do Sul, a veia pulsa num gritante e constante pedido de socorro ; olhos arregalados como se pedissem qualquer tipo de ajuda positiva que possa compensá-los amanhã na imagem de filhos e netos. Até mesmo na afirmação de alguns chefes mais "modestos" onde dizem que, os pobres deveriam ser menos materialistas, como se eles fossem os grandes responsáveis por toda as desgraças geradas, pela falta de dignidade!
Mas... a moda lá está ! Nos grupos formados, as tribos de todos os cantos, vestidas especialmente para a data em protesto.
Observamos uniformes e camisetas significativas, criadas especialmente para a ocasião, ou trajes típicos, próprios da região, compondo visuais nada banalizados ou globalizados no pleno exercício criativo, não fossem pelas propostas formalizadas dos poderosos.
Nas bandeiras erguidas, nos escudos tribais, quase todas elas, a Zulu, Xhosa, os da Suazilândia, entre outras, convocam nossos olhos a retornar ao ritmo cadenciado, vibrante, esperançoso. A criatividade, talvez não proposital, impera de maneira tal, que a entonação tanto vocal nos hinos, refrões, cânticos, todos numa só voz, cada qual com sua representatividade, nos remete a um desfile de Moda incessante onde a passarela é o asfalto, os artistas são pessoas comuns mostrando o que tem de mais inventivo pessoal e criativo. A Moda lá está. Referências estéticas!
São cores intensas que saltitam de uma gama à outra, compondo misturas inusitadas; os padrões de estamparia realizam "casamentos" perfeitos.
A África permite; sabe que seus artistas conseguem resultados deslumbrantes, portanto, fica na sua tranqüilidade peculiar... olhando e maravilhando-se com os resultados que desfilam composições de formas e cores diferenciadas. Falar de Moda na África contradiz com a própria criação. Um lugar-Continente fincado no centro da Terra em condições ainda precárias.
Se falarmos em sobrevivência - a Moda aparece com as tradicionais capulanas, com grandes estampas, cores diversas, usadas para vestir, carregar o alimento, filhos, os bidons de água, se enrolar em dias frios. O que falar das populações sedentas de informações externas? O interesse nas tendências das roupas americanas, européias, veiculadas na mídia, articulando e informando os olhos mais descuidados com detalhes de uma tendência globalizada, e falar do nacionalismo imperando.
A Moda local encontra-se presente nos grupos sociais mais tradicionais e já ausente nos grupos mais jovens.
África abre seu coração que é retratado nos grandes líderes políticos, religiosos, e pela grande coragem de encarar destinos múltiplos. Moda na África não é efêmera, é um deságüe na paz recolhida dos oceanos, rios e lagos que a enfeita. A forma de vestir-se na África é mais que uma simples explosão de tendências, faz parte de sentidos profundos, raízes culturais que choram pelos seus filhos e retribui estendendo a esperança por toda a sua terra, em forma de criações inéditas inspiradas em tudo o que ela terra e cultura local podem oferecer. É um grande desafio procurar entender a Moda na África, pois a visão é externa, subjetiva e extremamente instigante.
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